segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Às Línguas

Às línguas, que devoram.
Às línguas, que mentem.
Há línguas que fofocam.
As línguas dos que se metem.
.
.
Às línguas, que fazem o pensamento audível.
Às línguas, que influenciam.
Às línguas, que fingem ser possível.
Há línguas que acreditam.
.
.
Às línguas, que se comprometem.
Línguas que, junto com a boca, moldam sorrisos.
Mas há línguas que do compromisso esquecem,
Essas línguas que confusas, causam conflitos.
.
.
Há línguas que, voltando atrás, ferem.
Às línguas, que expressam falsas lástimas.
Às línguas, que te enfurecem.
Há línguas que sentem sabor de lágrimas.
.
.
Há línguas que se comunicam.
Línguas que contam sempre o mesmo enredo
Há línguas que se explicam,
A outras línguas, usando um mesmo texto.
.
.
Há também línguas que se lambem.
Línguas que transmitem gemidos.
Às Línguas! Que se chupem!
Às línguas, que exclamam gritos.
.
.
A língua que faz em sons o gozo
É a mesma língua que exemplifica o nojo.

2 comentários:

Riceli 'Krol' Chacon disse...

Muito bom donna Augusta!! Nem preciso dizer que adirei!! Bj

Unknown disse...

sendo a mesma que trava frente a timidez, que ressalta sobre o grito e que em um enrolar sem controle pode matar.


Juuuuuuu! adorei! Beijão!