domingo, 29 de novembro de 2009

Pensamentos de sete minutos de fascínio (II)

Dei aquela noite para ficar um pouco longe dela, ficar mais entre outras pessoas e noutros lugares...
Estar, pelo menos por uma noite, em um espaço atapetado de gente, entre outras gargalhadas e vozes.
Tê-la só em meus pensamentos. Seria para o meu próprio bem ficar um tempinho que fosse sem sua presença, que de tão repleta preenche todos os espaços, só deixando sobressair quem ela quiser. Sorte minha.
Mas estava cá eu, tentando ser só mais uma pessoa ali, comum, sem palcos, sem atenção, quando, de repente, vislumbro um vulto muitíssimo conhecido...Aquela mulher...que parece carregar um ímã dentro de si, que com seu (perfeito) pequeno corpo, atrai quem quer, isso com um simples olhar. Eu estava entre essas pessoas.
" É ela...é ela..." Penso eu. Começo a tagarelar, na tentativa de disfarçar que o ímã dela tava "em ação". Tirei até os óculos, para visualizar melhor o efeito que seu olhar [ que me fitava, eu podia sentir] estava causando.
Por um momento penso: "Será que é ela que me atrai ou vice-versa?" No exato instante tiro essa bobagem da cabeça! Ela me olha de tal forma...parece que vai me devorar! Temo. Temo que mais uma vez a gente acabe entrelaçados, nos apoiando em qualquer coisa sólida que sustente nossos corpos agitados, com ela botando a prova seu magnetismo e/ou de vontade usando meu corpo como alvo para tal.
Invento rapidamente qualquer besteira para me aproximar dali e antecipá-lo...





Continuação de Pensamentos de sete minutos de fascínio de Krol Rice!


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

My English lifesaver

 

You are my lifesaver.
When I feel confused, lost, sad,
I choose you.
when I don't know what to do, 
I choose you.
You are the most beautiful british accent
I've ever seen.
I chose you.
When I saw you for the first time...
 "Will be you"
I knew you would be my choice,
Since that time I read you.
I love you
My choice.



Os três

Um não quis,
Outro quer,
E outro nem sabe que vai querer.


Um perdeu,
Um empata,
O outro vence.


Um é ódio.
Outro é prazer.
O outro é amor.


Um foi pesadelo.
Outro é realidade.
E o outro é sonho.


domingo, 15 de novembro de 2009

É preciso ter



Fé.
Enfim
Acreditar.
Resignar-se.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Hoje

Hoje eu vi o passado cara a cara, frente à frente. Insisti, mas quando ele se viu, sob a minha forma, desviou. Preferiu seguir a diante. Eu também. Passou por mim. E eu fiquei no passado, desdenhando dele.
Quando vi que ia por um caminho, escolhi outro. Mas na esquina nos encontramos. Dessa vez ele que olhou pro passado, e eu preferi o futuro. 



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Reencontro

"Nunca pensei que me fosse acontecer algo do tipo. Não sei se foi sorte ou extremo azar. Ter te encontrado depois de tanto tempo e o destino ter decidido que só nos amaríamos como homem e mulher depois de estarmos separados...sinceramente, não sei o que foi aquilo.
Quando o destino impõe um reencontro dessa espécie, fico a pensar o porquê. Mas desta vez não. Pelo simples fato de querê-lo como nunca. E aconteceu.
No tempo em que estávamos juntos, nunca nos sentimos como nesse dia. Nunca tinha sentido teu corpo no meu ou ouvido teus gemidos com tanta intensidade.

Ocorreu de eu ir ao lugar que nos era comum. Te vi. Gelei. Tremi. Dessa vez não fugi ou desviei o olhar: continuei te encarando e seguindo em sua direção. Para minha surpresa, você nem se movei dali.
Teria a chance de fazer o que nunca fiz. Você estava ali, à minha frente.

Cheguei perto, mais perto,e , ao invés daquele frio de antes, me veio um calor ardente e pensei: por que não?
Fui mal intencionada, e pelo 'efeito' que teve, foi infalível. Tu percebeste na hora. Devia estar no meu jeito de andar, de te abordar, no olhar.
Meus olhos se encontraram com os seus; aqueles olhos que eu tanto admiro. Nada disse. Os olhos faziam a vez da voz.

Sei de meus encantos e pela primeira vez os usei com más intenções.
Encostei minha boca perto de tua nuca e sussurei algo em teu ouvido. De primeiro, você hesitou. Mas eu sou tentação, amor. Não precisou muito e já estávamos aos beijos.

Beijo voraz, violento, pecaminoso ( estávamos ambos cometendo traição), delicioso. Nele tinha tudo: tempo, saudade, vingança, libertinagem. Principalmente libertinagem.
É claro que os beijos pediam mais. E eu queria mais. Tua vontade não importava.

Um lugar? Que lugar? Lugar...banheiro. O levei. Nos levamos.
Banheiro deserto e escuro. Ninguém nos acharia ali. Mesmo assim ainda corríamos algum perigo... Pimenta .Afrodisíaco.

Nos devoramos. Esse foi o verbo. Outro não caberia aqui.
Foi devassador do primeiro beijo ao último gozo. Tinha momentos em que você parava pra me observar. Tu não me reconhecia...Tu não me conhecia. Tu não me conhece. E eu ali, altiva, saboreando a vitória enquanto você se perdia.

Beijos, mãos, línguas, membros, sabores, sons...

Já tava me vestindo e você ainda encostado na parede do banheiro, ofegante.
Me olhei no espelho, me ajeitei, passei meu gloss e já tava saindo - assim como uma puta sai depois que acaba o serviço - quando tu, em meio as palavras sem fôlego, começa a falar:
- Seu número ainda é 8...
- Não me ligue. Não sou nada sua.
- Mas...
- Me esqueça. Vim aqui me despedir do pessoal, to indo embora da cidade.
- Não me procure. Não quero nada contigo.
Saí, fechei a porta e o deixei lá, no breu, perdido e confuso.

Estava feliz. Tinha conseguido realizar meu feito. Só não saberia dizer até quando."

Fiquei tão extasiada com a estória de Amélie que nem percebi que a carta estava toda borrada de lágrimas.